Janeiro Roxo: mês de conscientização contra a hanseníase

Hoje, 8 de janeiro, é o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase, uma doença infecciosa e contagiosa que afeta a pele e os nervos periféricos. A hanseníase é causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que pode ser transmitida pelo contato prolongado e frequente com pessoas doentes que não estão em tratamento. A doença pode causar manchas, dormência, fraqueza muscular e deformidades, se não for diagnosticada e tratada adequadamente.

A hanseníase tem cura e o tratamento é gratuito e oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O tratamento consiste no uso de antibióticos por um período de 6 meses a 2 anos, dependendo do tipo e da gravidade da doença. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar as complicações e as sequelas da hanseníase, que podem comprometer a qualidade de vida e a autoestima das pessoas afetadas.

O SUS é um dos principais aliados no combate à hanseníase no Brasil. Por meio do SUS, as pessoas podem ter acesso gratuito aos exames, medicamentos e serviços especializados para o enfrentamento da doença. O SUS também realiza ações de vigilância epidemiológica, educação em saúde e mobilização social para reduzir a incidência e a transmissão da hanseníase no país. Além disso, o SUS oferece apoio psicossocial e reabilitação física para as pessoas que sofrem com as consequências da doença. O SUS é um direito de todos e um dever do Estado, e por isso deve ser valorizado e fortalecido como uma política pública de saúde.

O Brasil é o segundo país do mundo em número de casos novos de hanseníase, ficando atrás apenas da Índia. Em 2020, foram registrados mais de 25 mil casos novos no país, sendo que a região Centro-Oeste foi a que apresentou a maior taxa de detecção. Por isso, é importante que a população esteja atenta aos sinais e sintomas da doença e procure o serviço de saúde mais próximo em caso de suspeita.

O mês de janeiro é dedicado à conscientização sobre a hanseníase, com o objetivo de informar, educar e sensibilizar a sociedade sobre a doença, seus modos de transmissão, prevenção, diagnóstico e tratamento. Além disso, o Janeiro Roxo busca combater o estigma e a discriminação que ainda cercam as pessoas que vivem com a hanseníase, promovendo o respeito e a inclusão social.

A hanseníase é uma doença que pode ser eliminada, desde que haja o engajamento de todos os setores envolvidos: gestores, profissionais de saúde, organizações não governamentais, mídia, comunidade acadêmica e, principalmente, as pessoas que convivem com a doença. Juntos, podemos fazer a diferença na luta contra a hanseníase.