Neste Dia Internacional da Pessoa Surdocega, celebrado em 27 de junho, a comunidade surdocega comemora a criação dessa data nacional, que também será lembrada em 12 de novembro no Brasil. Essa iniciativa visa conscientizar a população sobre as necessidades específicas e políticas públicas para a inclusão social e combate ao preconceito e discriminação desse grupo.
Estima-se que o Brasil tenha cerca de 40 mil pessoas com diferentes graus de surdocegueira. Essa condição pode ser congênita (desde o nascimento) ou adquirida ao longo da vida, afetando os sentidos da visão e da audição. O desafio enfrentado por essa população é ter acesso a meios que facilitem sua comunicação com o mundo, considerando o comprometimento simultâneo da visão e da audição.
Como essas pessoas se comunicam? A comunidade surdocega utiliza diversos recursos adaptados às suas necessidades individuais:
1- Libras tátil: A linguagem de sinais é adaptada para o tato, permitindo a comunicação por meio de gestos e toques.
2- Braille: Utilizado em teclados adaptados, possibilita a leitura e escrita em relevo.
3- Tellethouch: Uma máquina de escrever adaptada para pessoas surdocegas.
4- Desenho da letra de forma na palma da mão: Permite perceber palavras pelo movimento dos lábios e vibração dos sons emitidos.
5- Tadoma: A pessoa coloca uma das mãos no rosto de quem está falando para perceber as palavras pelos movimentos dos lábios e bochechas.
É fundamental reconhecer que as pessoas surdocegas são capazes de desenvolver habilidades em diversas áreas, como estudo, trabalho, atividades físicas e esportes. Elas também podem constituir família, se desejarem. O principal desafio enfrentado pela comunidade é o capacitismo, ou seja, o preconceito baseado na surdocegueira.
